Encontrar novas formas de se pensar e agir são atitudes fundamentais na vida dos que de alguma maneira procuram se renovar ou até mesmo se reinventar.
Quando pensamos a acessibilidade, nos deparamos com momentos de renovação ou reinvenção e frequentemente somos convidados a encontrar ou pensar em meios de se fazer uma mesma coisa de um jeito diferente, nem melhor, nem pior, apenas diferente.
Foi assim que dando uma conferida nos títulos mobile de corridas que me deparei com uma "polêmica", uma galera estava comentando a proposta de jogabilidade apresentada pela Microsoft através do seu mais recente Forza Street.
Gente que curtiu, gente que odiou mas todos concordavam em alguns pontos bem importantes:
1 O game era muito bem feito.
2 Os gráficos eram mesmo excelentes.
3 Não dava pra negar que a jogabilidade era muito diferente do usual.
E foi com essas referências na mente que instalei o jogo para testar, adoro jogos de corrida e muitos jogadores cegos ou com baixa visão também, lembrei que no console os Forza sempre trasiam algum tipo de recurso de acessibilidade, perceba que quando fui testar o game eu não tinha nenhuma expectativa com relação a inclusão digital, na verdade eu nunca tenho, a ideia mesmo era ver qual era a do jogo e sua tão falada jogabilidade, e já que estou mencionando isso tantas veses, vamos a ela então.
Jogabilidade:
O lance é realmente bem simples, no estilo Drag Racing, são apenas quatro ações que o jogador precisa fazer,, largar, desacelerar, acelerar e dar turbo.
1 Largada.
O jogador deve arrancar com precisão, a velocidade de aceleraçãodeve ser controlada de maneira a não ser nem tão devagar, nem tão rápida e nesse caso o equilíbrio está representado em amarelo no velocímetro, ou seja, no momento da largada o nível de aceleração deve estar exatamente nesse ponto.
2 Reduzir
Saber fazer as curvas e fundamental e por essa razão, saber a hora serta de reduzir a velocidade quando se entra numa curva e crucial para a vitória, nesse sentido existem nas curvas do Forza Street sinais na pista indicando em amarelo o momento de entrada na curva, e é nessa hora que devemos tirar o pé do acelerador.
3 Voltando a acelerar.
O pequeno trecho em amarelo que indica o início da curva e a diminuição da velocidade é seguido de um trecho um pouco maior em vermelho que indica que estamos na curva mais ainda não saímos dela.
Quase perto do fim um novo pequeno trecho em amarelo aparece indicando o fim da curva e a hora de pisar fundo novamente.
4 Turbo
Ao longo da pista você pode ganhar turbos com os quais você pode fazer uso mas é sempre bom utilizar o recurso com sabedoria para não desperdiça-Lo.
Eu particularmente não utilizaria esse recurso perto de se entrar em uma curva, tá eu sei que o exemplo é meio tosco mas acredite, tem gente que faz isso.
A dinâmica do Street também é diferente da série dos consoles, aqui no mobile, como o nome sujeri, corremos corridas de rua, ganhamos pontos, ouro, recompensas e etc.
Nesse sentido o game se aproxima mais do usual, com possibilidade de compra e tunagem dos carros mas o grande atrativo mesmo estava nas possibilidades inclusivas da jogabilidade.
Existem sons que identificam as ações no jogo, som indicando a boa largada, som indicando entrada e saída da curva e som indicando o preenchimento do turbo, quer dizer, tudo apontava para bons níveis de acessibilidade.
Infelizmente, porém, o jogo veio absolutamente sem nenhuma opção de acesso universal, ou seja, mais uma outra diferença entre a versão mobile e a versão de Xbox que possue boas opções inclusivas.
Com certeza a Microsoft perdeu uma grande oportunidade, não só de lançar um game com uma jogabilidade diferenciada mas também de aproveitar essa mesma jogabilidade para lançar um jogo acessível, quer dizer, acho que "perdeu" não seria bem o caso, talvez essa possibilidade sequer tenha passado pela cabeça deles.
Dê toda maneira vamos nós aqui pensar nessa possibilidade então, eu não sei vocês mas eu realmente acredito no potencial de acessibilidade dessa forma de jogar e por isso enviei minhas sujestoes aos desenvolvedores.
Segue abaixo o testo que deixei lá na Playstory:
O jogo é muito bom mas acho que a Microsoft perdeu a chance de explorar o potencial de inclusão digital dessa nova forma de jogar do Forza Street.
Se preocupar em largar bem, acelerar, desacelerar e turbo sem precisar se preocupar em dirigir o carro seria uma oportunidade perfeita para se incluir os jogadores e jogadoras cegos do mundo inteiro na jogatina.
A companhia tem feito um trabalho exemplar no Windows e no Xbox e ainda tenho esperanças de ver esse mesmo impenho aqui no mobile também.
Por hora quatro estrelas mas mal posso esperar para ver essas coisas no Forza Street para voltar aqui e dar as cinco estrelas que o game já merece.
Abaixo vocês também poderão encontrar o conteúdo que gerei no Youtub, tanto do Forza no Android quanto no Windows 10, sim exatamente isso, o game também possui uma versão para PC e abaixo eu dou uns toques porque no Windows as coisas ficam um pouquinho mais estranhas.
Pois é.
Quero também incentivar aos interessados (as) a entrar na loja de seus dispositivos para engrossar o couro na grita por inclusão.
E não para por aí, também tem link para o podcast inclua-me abordando essa dentre outras coisas, então, pega os links aí e divirta-se.
Em breve link do podcast
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