1 Passado.
Quando eu era criança lembro dos vários LPs que meu pai tinha do inesquecível João Nogueira, aquele grande sambista carioca tão cheio de ginga e malandragem, pois num desses discos tinha um som que se chamava "O homem de um braço só", uma música muito bacana que contava todas as coisas que esse cara conseguia fazer mesmo tendo apenas um braço.
Eu não podia evitar de me comparar com aquele personagem e eu achava isso muito engraçado, lembro de pensar coisas do tipo, " se ele pode fazer todas essas coisas eu também posso", o que eu ainda não tinha sacado é que ele tinha um braço e eu já tinha na época bem menos que um olho kkk.
Hoje estou aqui escrevendo para minha galera sobre leitores de tela e sua possível usabilidade com apenas uma das mãos no smartphone, agora, será que isso realmente é assim tão importante?
Uma pessoa com deficiência visual deveria se preocupar com essas coisas?
Até que ponto um recurso de acessibilidade pode impactar nociva mente na própria luta pur inclusão?
Para pensar sobre essas coisas preciso novamente buscar refúgio no passado mas, note que utilizo o passado para me entender no hoje e não como os conservadores, que se servem do passado para denegrir o presente.
2 Antiquado e preconceituoso.
Conservadores sempre deram muito trabalho pra gente, uns por serem muito antiquados, outros por serem preconceituosos mesmo, e a coisa ficava mesmo feia quando tudo isso vinha, e ainda vem, num pacote só, querem ver?
Quando todos nós éramos felizes com nossos Talks e apareceu o IOS e Android, muito colega cravou que não ia pegar, onde já se viu, cegos utilizando superfícies planas?
Observações do tipo antiquadas que certamente você já deve ter ouvido muito por aí.
Em várias ocasiões em que eu aparecia utilizando esses sistemas, tinha que ouvir dos colegas que eu só conceguia utilizar porque enxergava, aliás esse tipo de comentário preconceituoso rola até hoje, tem muita gente por aí que diz que eu só utilizo Linux pela mesma razão.
O preconceito é um tipo muito triste de cegueira, principalmente quando impede a pessoa de perceber a si mesma como fonte de luz.
Onde mais eu aprenderia Orca se não com deficientes visuais?
Será que ensinam essas coisas nesses cursos caros de informática e eu não sabia?
Alguns dos melhores professores e professoras que tive eram cegos, onde mais eu aprenderia sobre leitores de tela?
Com a galera da baixa visão?
Pois se a pessoa tiver menos de 30% de visão e não utilizar o leitor de telas como recurso principal de acessibilidade,, essa pessoa tá , em minha opinião, totalmente equivocada.
Aprendi muitas coisas com quem, assim como eu, tem baixa visão mas leitores de tela definitivamente não foi uma delas.
3 Era Nokia. - digitação a moda antiga
Voltando aquela época saudosa da Nokia, uma outra coisa que vários de nós fazíamos muito bem era digitar, sim exatamente isso, digitar.
Éramos tão bons nisso que dava até pra digitar naquele teclado com apenas 9 teclas, mensagens de textos enormes com apenas uma das mãos, e ainda por cima, com o celular dentro do bolso,
Eu sei, é emocionante né?
Algo impensável nos dias de hoje, tão longínquo quanto as histórias dos cegos que andavam sem bengalas por aí nos anos 50.
Tão moderno que mal da pra acreditar que já deixou de acontecer.
Tenho certeza que se você é dessa época e usava seu smartphone assim, você deve tá emocionado agora, fala a verdade, quase rolou uma lágrima furtiva por aí hem.
Pois meu amigo, minha amiga, eu ainda tento utilizar meus smartphones assim até hoje e Tudo graças ao nosso bom e velho leitor de telas
Você é dessa época e fazia assim?
Será que hoje você já não faz mais?
Está se perguntando como isso aconteceu?
O que te acomodou?
Foi o conforto?
Um bloqueio?
Pois então eu sinto muito em te dizer que você deixou de ser um transgressor da realidade e se tornou também um conservador.
Um acomodado, alguém que está confortavelmente adestrado pela sua bigtec favorita.
Já ouvi, inclusive de cegos jovens, frases do tipo, para quê eu vou querer digitar com uma mão?
De um jovem eu até intendo, mas de você?
E agora chegamos no momento do texto em que eu vou ter que desenhar para que essa galera mais jovem entenda o que esse bando de tiozão acomodado é incapaz de explicar.
É minha gente, o conforto também incapacita.
4 Capacitismo disfarçado.
Vamos iniciar batendo um
papinho sobre as teclas modificadoras e sobre como elas nos salvaram de ter que precionar três teclas ao mesmo tempo em nossos PCs.
Sim gente, é mais ou menos para isso que as teclas modificador as existem, uma saída criada por gente como a gente e que ainda hoje corre perigo face a gigantes como Apple, Google e Microsoft.
Tudo na verdade é uma questão de usabilidade e curva de aprendizado, por exemplo:
Você já deve ter ouvido por aí que os produtos da Aplle são muito fáceis de usar, não é mesmo?
E sob serto aspecto eles realmente são mas, será que a curva de aprendizado entre um vidente e um cego justifica esse marketing todo em nosso meio?
Se você nunca usou um Mac OS e for entrar pela primeira vez em uma tabela, vai se deparar com uma barreira jamais vista em nenhum outro sistema operacional antes, qual seja, a função denominada "interação".
Uma função que só existe para quem é usuário do único leitor de telas existente dentro da plataforma de uma das mais poderosas e ricas Big Tex do mundo.
Uma função que obriga o usuário cego a, no mínimo, interagir duas vezes com uma tabela, a primeira vez, que seria o tipo de interação como a todo e qualquer usuário e outra imposta por padrão no Voiceover.
Mas não para por aí pois a dinâmica consiste em navegar utilizando as teclas ALT + COMMAND + Maiúsculas e as setas.
Três teclas pressionadas em conjunto mais as setas, e para quê?
Prender o leitor a uma tabela ou objeto só faria sentido se fosse para dar acessibilidade onde supostamente não haveria mas não é esse o caso.
A ideia mesmo é prender o usuário cego a uma parte do sistema por receio de que ele saia dali por engano.
É bacana, é legal, parece bacana, parece legal mas parece também capacitismo digital.
Parece um cuidado um tanto quanto excessivo, tipo, cuidado senão ele pode ferrar o sistema e estragar o dispositivo.
Pronto falei.
Porquê ao usuário comum basta precionar um atalho para ir ao menu da maçã e depois navegar com as setas enquanto o usuário cego precisa, além das setas e dos atalhos, precionar V O em conjunto com elas?
É óbvio que essas funções podem ser auteradas nas configurações do sistema mas para tal você precisaria aprender ou já ter conhecimento prévio do S O, sem falar também nas excelentes mensagens tutoriais do Voiceover, uma verdadeira aula sobre como aprender sobre um novo sistema duas vezes, uma aprendendo a usar o Mac OS e outra sobre como o Voiceover acessa o Mac OS.
Mas o cliente esta feliz, tão feliz por ter comprado um Mac que já até esqueceu das promessas do tipo é só pegar e usar.
Um exemplo bem manhoso de como você compra, paga para ter de aprender e ainda fica agradecido.
E aqui chegamos ao ponto em que eu queria chegar, a curva de aprendizado imposta por certos leitores de telas.
Mas por favor não pense que é implicância minha com a maçã, porém, veja os comandos padrão do Narrador e do ChromeVox, tá tudo ali, quase como na Apple em muita coisa.
É importante ter essa abordagem com a Apple pois os seus efeitos no mercado também aparecem nos recursos de acessibilidade, e isso vale tanto para o bem quanto para o mal.
5 Mercado.
Quando Michael Curran se revoltou com os autos custos das licenças dos leitores de tela comerciais, sua justa guinada para buscar alternativas nu mundo livre literalmente mudou a história da inclusão digital no planeta.
O cara concluiu que o peço a ser pago pelos deficientes visuais era muito alto para ter acesso as mesmas informações que as demais pessoas tinham sem pagar nada há mais por isso.
Passados 16 anos e o NVDA é hoje uma unanimidade em nosso meio, porém, de lá pra cá outros preços surgiram, ou melhor, outras formas de se cobrar os deficientes visuais apareceram.
Atualmente existem pessoas, com e sem deficiências, explorando este recente "mercado" de acessibilidade, pessoas que desenvolvem, compram e vendem softwere.
Foi nesse mercado que vimos surgir também a figura do consultor em acessibilidade digital, uma nova profissão um tanto quanto curiosa, principalmente se o proficional for pessoa com deficiência pois vai estar ganhando para atuar em causa própria.
Curioso né?
Você já deve estar tão habituado a esse estado de coisas que isso acaba fazendo sentido para você mas, você sabe qual é mesmo o nome disso, você sabe o nome que se dá a esse tipo de pessoa né?
Mercenárias.
Esse é o nome certo, aquele que é remunerado para atuar em causa própria chama-se mercenário.
Mercenário, aquele que está em uma luta apenas em busca de recompensa.
Não quero aqui comprar briga com os meus muitos amigos que exercem essa profissão mas a gente sabe a diferença entre o ativista e o consultor, um único ativista pode valer mais que dez consultores juntos mas feliz daquele que antes de ser consultor é ativista.
A tendência do ativista é ser o chato do mi-mi-mi, a pedra no sapato, já o consultor vai ter que num determinado momento dizer, sim patrão.
Aliás meu amigo patrão, se você quiser saber se seu consultor é um mercenário, demita-o, e se ele te isnobar e continuar atuando, o contrate novamente.
Com relação aos que não tem deficiência, temos uma outra dualidade, apesar de haver realmente pessoas incríveis atuando nesse meio, deixa eu perguntar uma coisa, o contrário também acontece?
Quer dizer, quantos cegos você conhece que estão atuando como consultores em segurança digital por exemplo?
Conheço pessoas incríveis com deficiência que dariam ótima consultoria nessa ária.
Você contrataria um consultor em segurança digital cego?
Correria esse risco?
Você realmente acha que o mercado, sendo como é, tem disposição para correr esse risco?
Quantas pessoas com deficiência você conhece que estão ocupando cargos de chefia atualmente?
Você daria um cargo desses a um surdo?
É claro que todo mundo vai dizer que o que importa é as qualidades da pessoa, o ser humano é bla, bla, bla.
Uma fala que não resiste um segundo sequer quando confrontada com a realidade.
Discorda?
Então verifique o índice de pessoas com deficiências que estão atualmente empregadas no Brasil.
Qual é o percentual de pessoas sem deficiências atuando nesse mercado de acessibilidade?
Será que existe essa estatística?
O deus da religião "mercado" é o dinheiro, e não serei eu mais um dos seus pastores.
O mercado tá de olho mesmo é nesse potencial econômico dos PCDs, o mercado quer muito o dinheiro dos PCDs e a prova maior disso é o limite do alcance dessas consultorias em acessibilidade digital.
Bancos acessíveis, marketplaces acessíveis, e-commerces acessíveis e você aí sem conseguir acessar a rede interna da sua empresa.
Pois é né meu chapa.
Onde está o consultor em acessibilidade nessas horas?
Será que ele está incluído o suficiente para passar da porta onde estão os servidores da T I?
Será que a atuação dele consegue atingir toda a abrangência do universo da inclusão ou seu alcance se reduz apenas aos limites da fatia de um mercado?
Foi a luta do ativista que empurrou a inclusão "goela abaixo" do mundo.
Depois o mercado, oportunista, viu o lucro na retina da inclusão e para calar o ativista, criou um cargo equivalente para si, e com nome pomposo e tudo, porém, triste mesmo é aquele que se deixa seduzir por um nome pomposo e um carguinho.
"Dinheiro é bom, quero sim, se essa é a pergunta, " e o resto você já sabe.
É nóis Mano Brown.
6 Preconceito e santidade, a missão.
Agora se você for uma pessoa atenta, percebeu que durante todo esse papo de mercado havia um outro assunto de fundo perneando todo o argumento relacionado ao medo.
Mas que tema era esse?
Que tipo de insegurança o mercado pode sentir quando pensa em PCDs?
Capacitismo meus amigos, capacitismo.
Dê novo o capacitismo, e pessoas com deficiência também podem incorrer nesse preconceito, quando comentei meu pensamento sobre a função "interagir" para um dono de Mac, o cara falou que tudo bem, que alguns cegos precisavam mesmo ser ajudados.
Quando perguntei se isso não complicava ainda mais as coisas o cara respondeu seca e altivamente que não, e aí eu desisti.
Para ele se trata de uma questão de fé e religião não é o ponto aqui.
Até semanas atrás o próprio Windows chamava sua sessão de acessibilidade de "Facilidade de acesso" mas felizmente, depois de muitos anos, a Microsoft ouviu a nossa vanguarda e corrigiu esse erro grotesco e se você não ouviu nenhum consultor de acessibilidade comemorar essa vitória, certamente deve ter sido porque o proficional estava ocupado demais com as coisas do mercado.
Esse mesmo consultor que só foi incerido no mercado em função das lutas dos ativistas e que hoje paga essa de que está em uma missão para ajudar os deficientes.
Sério, vejo vários falando isso.
"Tanta bondade que me faz desconfiar", não é mesmo Ataulfo Alves?
Tá ajudando a quem mesmo cara pálida?
Seu deficientizinho, capacitistazinho e bobinho.
Cresça pois essa sua atitude só nos diminue.
É claro que não sou ingênuo a ponto de ignorar que a partir do momento em que o mercado entrou meio que a força no lance da inclusão, as coisas deram uma boa melhorada, na verdade elas melhoraram e melhoraram muito, e talvez isso também seja parte do problema.
A certeza de que a acessibilidade de hoje é muito melhor do que era antes está fazendo com que muita gente entre na parada mirando status, grana e carreira.
Esse erro de foco faz com que o PCD, por estar em uma situação material melhor, troque a boa e velha vigilância por um falso conforto.
Daí para virar um concervador, ou no minimo um prisioneiro conformado, é um paço.
Não quero bronca com os concervadores, por favor não se ofendam, vocês tem até algumas coisas que concordo mas não se pode transcender uma sociedade conservando o que está posto.
Perceberam como a coisa é complexa?
Perceberam como o preconceito está tão sensivelmente embutido em nosso pensar, a ponto de afetar nosso julgamento sem sequer percebermos?
Percebem agora a influência de todas essas coisas por trás dos conceitos de usabilidade e curva de aprendizado em leitores de tela?
Pois agora já me sinto mais à vontade para voltarmos a eles.
Sigamos.
7 o que é um leitor de telas? .
Há um bom tempo atrás demonstrei um projeto muito interessante que se chamava Louie, um projeto que trabalhava essa coisa de assistente de voz mas que também estava tentando achar uma nova abordagem na leitura de telas.
Ambicioso não é mesmo?
Agora esqueça essa bobagem de assistente de voz por um momento, fique apenas com o foco no leitor de telas, como seria possível uma abordagem sobre o tema que fosse capaz de transcender o que já está aí?
Os desenvolvedores do Louie estavam tentando achar uma forma que fosse capaz de diminuir essa diferença de usabilidade entre o usuário convencional e o usuário de leitores de tela.
Estavam pensando fora da caixa.
Sabemos que em função dessa usabilidade, toda uma outra forma de interação pode surgir fazendo com que o acesso aos dispositivos seja acessível mas não necessariamente inclusivo.
Níveis de complexidade de uso que podem alterar totalmente a forma de se acessar uma função de um sistema, níveis esses que nos fazem pensar inclusive no que realmente deveria fazer um leitor de telas.
Um leitor de telas deveria reconhecer o rosto de uma pessoa ou isto estaria mais para algum recurso de câmera ou rede sossial?
Até que ponto isso pode ser um problema no que tange as questões de segurança e privacidade?
É função de um leitor de telas fazer traduções?
É função de um leitor de telas nos ajudar?
Note que não estou questionando se essas opções são confortáveis, práticas, boas ou más, o que estou questionando é o que é um leitor de telas e qual é o seu propósito.
Acho muito bacana a abordagem dos caras lá do Louie mas acho que eles pecam quando saem da esfera de leitura de telas e nesse sentido vários outros projetos pecam juntos.
Quando questiono se realmente preciso utilizar quarenta dedos para navegar em meu celular, estou questionando a usabilidade proposta pelo leitor, e quando questiono sua complexidade, estou questionando sua curva de aprendizado.
8 Dilema hoje.
É justo que eu tenha que aprender tanto sobre o meu leitor quanto sobre o sistema, ao paço que o usuário convencional só precisa aprender sobre o sistema e pronto?
Michael Curran resurge.
Consegue perceber o preço que atualmente está sendo cobrado?
Acredito que para responder essas questões fundamentais, uma das maneiras seria nos perguntar até que ponto conseguimos utilizar nossos smartphones com apenas uma das mãos.
Sinceramente considero esse um excelente exercício para avaliar o nível de inclusão que determinados softwares de leitura de telas possuem, e não só eles como também, as interfaces gráficas nas quais eles estão rodando.
Naturalmente que para se obter êxito nesse tipo de exercício, você precisa antes, saber utilizar seu dispositivo de superfície plana com apenas uma mão, porque uma coisa é o sistema ser engessado, outra coisa é eu não saber usar ele.
Nesse sentido é fundamental você conhecer seu leitor, seus gestos, truques e atalhos, e você precisa conhecer bem seu sistema operacional para não confundir quem é quem.
Você não pode se confundir entre o que é recurso de interface e o que são recursos de leitura de tela.
Se seu teclado não permite digitação com uma mão só, mude para outro que permita e verifique como seu leitor e você lidam com o fato, já fiz conteúdo sobre isso lá no canal, confiram no fim do artigo, que aliás já esta quase um livro.
Verifique se sua interface não possui recursos de tela dividida ou mine tela, depois, veja como ela e seu leitor trabalham esses recursos.
Em suma, se você for das antigas, procure voltar a usar seu aparelho como antigamente, se você for jovem, tente utilizar seu dispositivo de um jeito diferente, vai ser divertido.
Eu poderia aqui dar inúmeras outras dicas mas acho que a essa altura você já deve ter pego o espírito da coisa, ainda assim, gostaria de deixar uma última dica, uma dica que considero como sendo uma dica de ouro.
Fuja dos cegos que não se importam!
Isso mesmo, não dê ouvidos a eles, principalmente se forem técnicos, fuja dos que fazem pouco caso pois eles são do time que esnoba hoje para virar Fanboy amanhã.
Esses por não se importarem, não vão pensar a respeito e por não pensar a respeito, não vão encontrar soluções, e não encontrando soluções, não vão estar aptos a fornecer respostas, e assim, a ajudar aos que se importam, e principalmente, a ajudar aos que precisam.
9 Eu
Com um braço só,
Já fiz o que você não faria,
Acho que era covardia,
Eu ter dois braços também.
João Nogueira
Quero incerrar dizendo que o tema leitor de telas e usabilidade sempre foi uma constante em minhas abordagens aqui no TTS.
Todas as principais plataformas já passaram por aqui, sempre com a intenção de ir além do que já está posto, reparar velhos e novos erros mas principalmente, tratar de acessibilidade de forma autônoma.
Sou um rebelde, um inconformado, um revoltado, um anarquista e não concigo separar essas coisas do que digo e penso sobre inclusão.
Hoje aos 46 anos de idade, todos esses impulsos de inconformismo e superação me colocaram na mesma categoria de homens como o descrito por João Nogueira, com menos de um olho só, já fiz quase tudo que diz a letra e tantas outras coisas mais, tanto que eu acho até covardia eu ter um olho mesmo que fosse, quem dirá dois.
E se você não conhece a música, segue o som do cara para incerrar esse papo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário